fevereiro 2011 | Ler para Ser

Há palavras.. ( 8ºC) .

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sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Excerto Descritivo de « A Menina do Mar»

Descrição de uma casa e de uma praia

« Era uma vez uma casa branca nas dunas, voltada para o mar. Tinha uma porta, sete janelas e uma varanda de madeira pintada de verde. Em roda da casa havia um jardim de areia onde cresciam lírios brancos e uma planta que dava flores brancas, amarelas e roxas.
Nessa casa morava um rapazito que passava os dias a brincar na praia. Era uma praia muito grande e quase deserta onde havia rochedos maravilhosos. Mas durante a maré alta os rochedos estavam cobertos de água. Só se viam as ondas que vinham crescendo do longe até quebrarem na areia com barulho de palmas. Mas na maré vazia as rochas apareciam cobertas de limo, de búzios, de anémonas, de lapas, de algas e de ouriços. Havia poças de água, rios, caminhos, grutas, arcos, cascatas. Havia pedras de todas as cores e feitios, pequeninas e macias, polidas pelas ondas. E a água do mar era transparente e fria. Às vezes passava um peixe, mas tão rápido que mal se via. Dizia-se «Vai ali um peixe» e já não se via nada. Mas as vinagreiras passavam devagar, majestosamente, abrindo e fechando o seu manto roxo. E os caranguejos corriam por todos os lados com uma cara furiosa e um ar muito apressado.
O rapazinho da casa branca adorava as rochas. Adorava o verde das algas, o cheiro da maresia, a frescura transparente das águas. E por isso tinha imensa pena de não ser um peixe para poder ir até ao fundo do mar sem se afogar. E tinha inveja das algas que baloiçavam ao sabor das correntes com um ar tão leve e feliz.»
                                                           in A  Menina do Mar, de Sophia de Mello Breyner Andresen

  • Queres ler  a continuação da história ? Clica aqui . Aconselho-te a releitura  d' O Cavaleiro da Dinamarca.

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Escritor Pedro Seromenho

Pedro Seromenho Rocha, de nacionalidade portuguesa, nasceu sob a constelação de gémeos em 1975, na cidade de Salisbúria (Harare), República do Zimbabué. Com apenas dois anos de idade fixou-se em Tavira e mais tarde em Braga, onde actualmente reside. Embora formado em Economia, Pedro Seromenho dedica-se inteiramente a escrever e a ilustrar livros para várias editoras nacionais e brasileiras. Depois do sucesso do livro “A Nascente de Tinta”, o autor regressa agora ao mundo do sonho  e da imaginação com “O Reino do Silêncio”. Recentemente, publicou «  Porque é que os animais não conduzem ».

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

 Na disciplina de Língua Portuguesa, lemos e estudámos o conto « Arroz do Céu ».  Foi solicitado aos alunos uma entrevista, género jornalístico estudado no trimestre anterior,  ao Limpa-vias, protagonista da acção do conto. 
A entrevista aqui exposta resulta de uma compilação de perguntas e respostas feitas por vários alunos das turmas  A e C do 7º ano.


 Estamos aqui para entrevistar um emigrante que esteve vários anos no estrangeiro, mais propriamente,nos Estados Unidos da América, a trabalhar em Nova Iorque. Como  nos pediu anonimato, não revelaremos a  sua identidade. Vamos, pois, tratá-lo por limpa-vias.

Entrevistador: Sr, limpa-vias, o que o levou a emigrar para o estrangeiro?
 Limpa-vias: Bom, a vida aqui, na Lituânia,  há uns anos atrás era muito difícil. Não conseguia arranjar  trabalho que  me permitisse  sustentar a minha família e proporcionar-lhes umas boas condições de vida. Então, a solução foi sair do meu país.

Ent_ Foi uma solução difícil ?

LV: Claro que foi, partir  sozinho, deixar a mulher, filhos  pequenos e pais é muito doloroso.

Ent:  Antes de sair,  teve algum trabalho?

LV: Sim, trabalhei na construção civil, na agricultura... mas era tudo muito incerto !

Ent: Como foi para a América ?

LV: Fui num paquete daqueles transatlânticos...ia cheio de europeus: italianos, russos, ucranianos, etc.

Ent: Que profissão exerceu lá ?

LV: Como não tinha grandes habilitações literárias,  trabalhei como varredor do metro, em inglês subway.

Ent: Gostava desse trabalho?

LV:  Que remédio... olhe não sabia falar inglês, não tinha estudos, portanto tive aceitar e depois o arroz, que eu inicialmente pensava que vinha do céu, dava-me um jeitão.  É  que  três meses depois a minha mulher e os meus filhos vieram viver comigo. Não havia muito dinheiro para gastar.



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